As trabalhadoras e os trabalhadores do TRT, reunidos em Assembleia Setorial, na última quarta-feira, 09 de dezembro, discutiram o retorno às atividades presenciais e o Plano de Saúde. A assembleia foi conduzida pela Coordenadora do Sindjufe-BA, Lúcia Martins.
Retorno as atividade presenciais
A assembleia expressou preocupação com o retorno ao trabalho presencial. A primeira delas é sanitária, pois, a despeito da exigência do comprovante de vacina, o atendimento ao público oferece riscos. Foi destacado que máscaras disponibilizadas são de tecido e que as barreiras de acrílico instaladas não têm o tamanho adequado para proteção.
Quanto ao horário e ao regime de trabalho, parte dos servidores entende que, após o período de atendimento telepresencial, não há demanda de atendimento por horário tão estendido. Enfatizando, também, que há um déficit de servidores e que o retorno, da forma proposta, vai penalizar, especialmente, os servidores das secretarias. A falta de representatividade no comitê de retomada, também foi criticada. Não tem trabalhador da Secretaria no comitê.
Foi apontado que o retorno implica em gastos, principalmente com deslocamento e alimentação fora de casa. Lembrando que o trabalho telepresencial também impõe despesas. Tudo isso em meio a uma pesada e crescente inflação. A segurança dos trabalhadores, principalmente daqueles lotados no Comércio, em Salvador, também é um problema, uma vez que seu entorno fica deserto e perigoso no fim do expediente.
Diante de tudo isso, será feito um pedido de Mesa de Negociação com a Presidência, para tratar das condições de retorno ao trabalho presencial.
Plano de Saúde
Outro ponto de pauta foi o documento elaborado pela Comissão de Saúde, lido durante a Assembleia, cujo conteúdo expressa insatisfações e propõe mudanças.
São três os pontos chave:
1 – Cancelamento ou revisão do Ato que modifica as regras da coparticipação, especialmente quanto às internações e ao tratamento de doenças graves.
2 – Elaboração de estudo para apurar o montante necessário em caixa do Fundo de Investimentos do TRT5 Saúde, capaz de garantir a segurança orçamentária do referido plano e, ao mesmo tempo, permitir a reversão dos seus dividendos financeiros, de forma a minimizar impactos decorrentes de aumento na sinistralidade ou outros aumentos de despesa,
3 – Aumento do número de representantes dos trabalhadores no Conselho Deliberativo, de forma a se estabelecer equalização na representatividade dos seus membros, observando-se a proporcionalidade no número de vidas de cada categoria.
O documento foi aprovado por consenso. Ele será lido na próxima reunião do Conselho Deliberativo do TRT5 Saúde. Antes disso, será realizada reunião com o representante dos trabalhadores no Conselho, para preparar a apresentação do documento. O Documento na íntegra pode ser visto aqui.
Ao final da assembleia, representando a Vice-Presidência do Tribunal e o TRT5 Saúde, Fabiana Orrico, disse que o canal para o diálogo está aberto, que “a autogestão é nossa e precisa ser boa para todo mundo” e que o Presidente do conselho, Desembargador Alcino Felizola, é muito aberto ao dialogo. Vamos ver.
Lúcia Martins encerrou a Assembleia agradecendo a presença de todos e destacando a importância do envolvimento e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras para que suas vozes sejam ouvidas.
IMPRENSA SINDJUFE-BA