SINDJUFE-BA

Em meio à pandemia da Covid-19, tem crescido o assédio moral no Poder Judiciário Federal na Bahia. Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia e os governos decretarem o estado de calamidade pública, os trabalhadores entraram em regime especial de trabalho. Atualmente, a maioria dos trabalhadores, do referido poder, encontra-se em regime de teletrabalho, ou seja, estão trabalhando confinados em suas residências. 

Entretanto, a medida adotada como prevenção ao contágio pelo coronavírus também proporcionou o avanço do assédio moral e a imposição de metas de produtividades. “Têm ocorrido práticas de cobranças indevidas, monitoramento constante de acesso aos sistemas virtuais de trabalho, inclusive, para além da jornada diária de trabalho. Toda essa pressão e esse assédio são executadas com o objetivo de atingir metas de produtividade. Contudo, as vidas dos trabalhadores valem mais do que metas”, afirma Fred Barboza, diretor do SINDJUFE-BA. 

“O assédio moral, as pressões constantes e as humilhações adoecem os trabalhadores. As mulheres são as mais assediadas e as mais pressionadas, inclusive, sofremos as consequências do teletrabalho, pois, além das obrigações da justiça, temos de cuidar das tarefas domésticas e dos nossos filhos, que, nesse período da pandemia, estão em casa. Temos de repudiar e denunciar ao Sindicato toda e qualquer forma de assédio, não podemos aceitar que as administrações dos tribunais transformem nosso trabalho em uma gincana por números de produtividade”, ressalta Lindinalva de Souza, diretora do SINDJUFE-BA.

Campanha

Desde o inicio da pandemia, o SINDJUFE-BA apresentou aos tribunais um conjunto de medidas de combate e de prevenção ao coronavírus. O Sindicato tem acompanhado todas as situações de assédio e pressões denunciadas pelos trabalhadores, foram protocolados requerimentos administrativos aos presidentes dos tribunais e  aos juízes e diretores exigindo medidas efetivas de segurança frente à pandemia, bem como relatando os casos de assédios denunciados ao Sindicato e exigindo a suspensão da política de metas e produtividades. 

“Contudo, não veio o retorno dos tribunais. Os casos de assédio seguem. Assim, nas assembleias que o Sindicato realizou, debatemos a situação com a categoria. A campanha vem no sentido de incentivar a categoria a denunciar os casos de assédio, também relataremos para a sociedade a situação que os trabalhadores do Poder Judiciário Federal estão enfrentando na Bahia”, disse Jailson Lage, diretor do SINDJUFE-BA. 

A campanha contará com a confecção de faixas, que serão afixadas na entrada dos tribunais, cards gráficos para serem compartilhadas nas redes sociais e uma cartilha sobre assédio moral. Teremos um vídeo sobre o tema, assim como, programas de rádio na Metrópole FM (101.3).
“Vamos levar essa situação à sociedade já que os tribunais não dão retorno às demandas solicitadas pelo Sindicato. Vamos intensificar a campanha contra o assédio tanto internamente  quanto para fora dos muros dos tribunais. Não vamos aceitar que sejamos jogados em um coliseu de gladiadores, para saciar os generais que assistem das arquibancadas a nossa desgraça”, finaliza Jailson Lage.

O SINDJUFE-BA reforça o pedido para que os trabalhadores denunciem todo e qualquer tipo de assédio. Faça a denúncia pelo telefone (71) 99367-0273 ou pelo email sindjufeba@sindjufeba.org.br.

Imprensa SINDJUFE-BA