SINDJUFE-BA

No mesmo dia que o Ministério da Saúde anunciava mais um recorde de mortes diárias por COVID-19 no país, com 610 novos registros, totalizando 9.190 mortes, Bolsonaro, acompanhado de Paulo Guedes e de uma tropa de empresários sanguessugas, caminhou do Palácio do Planalto até o Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo da tropa genocida era pressionar o presidente da corte, ministro Dias Toffoli, a acabar com isolamento social e defender os interesses da iniciativa privada.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem se preocupado unicamente com os interesses dos empresários, latifundiários e acionistas da bolsa de valores. Ataca insistentemente o isolamento social, principal medida de combate ao avanço do coronavírus. Importante destacar que o país nunca atingiu a meta mínima de 70% de isolamento social indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse quesito Bolsonaro, governadores e prefeitos estão juntos: fábricas, obras e serviços não essenciais seguem funcionando a todo vapor, nos quatro cantos do Brasil. Para todos eles, o lucro é mais importante que a vida dos trabalhadores. 

Funcionalismo público
Ao lado dos seus amigos empresários, Bolsonaro voltou mais uma vez sua metralhadora contra os servidores públicos e disse que vai vetar um trecho da lei de socorro financeiro a estados e municípios que libera reajustes salariais ao funcionalismo público até o fim de 2021.

Aos amigos empresários, tudo. Aos servidores públicos, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, garantindo a todo custo o funcionamento dos serviços públicos, mesmo com todos os cortes orçamentários e sucateamento imposto pelo governo, é ataques, cortes de direitos e congelamento de salários.

Aos amigos banqueiros, com a desculpa da pandemia, Bolsonaro reduziu de 20% para 15% a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com isso, o governo deve perder R$ 4 bilhões de arrecadação somente das quatro maiores instituições financeiras. Em meio à pandemia, governo alivia tributação sobre lucros de bancos, enquanto isso, congela os salários dos servidores. 

Com Bolsonaro é assim: empresários e banqueiros estão acima de todos. Já os servidores públicos são taxados de “parasitas”, “privilegiados” que devem “fazer sacrifício pelo Brasil”, como braveja o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Defender nossas vidas
Temos que repudiar a ação genocida de Bolsonaro. Mas isso não basta. Não podemos deixar a cada dia ele avance o limite, ataque as liberdades democráticas e tudo se resuma a emissão de notas de repúdios. Temos que detê-lo.

Bolsonaro avança com seu plano genocida. Sua única preocupação é que haverá morte de CNPJs, enquanto centenas de CPFs estão sendo enterrados no país, muitos deles em vala comum, como estamos assistindo em Manaus (AM). 

O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica pode ser cancelado ou suspenso. Já os CPFs não podem ser reabertos ou retomados. Oficialmente já são quase 10 mil mortes. Sabemos que esse número pode ser três vezes maior, como apontam especialistas, já que a subnotificação é grande.  

Bolsonaro disse que a indústria está na UTI e que, se a quarentena não for relaxada, "depois da UTI vem o cemitério". O cemitério já é realidade para milhares de famílias e o presidente nunca se quer emitiu uma nota de pesar à elas. 

A tarefa número 1 hoje é salvar as nossas vidas. Para isso, temos que lutar contra um vírus e um parasita: o coronavírus e o Bolsonaro, respectivamente. Ele não nos dá um dia de sossego, também não podemos deixar ele dormir. 

Defender os serviços públicos
Daí a importância de fortalecermos a campanha que está sendo realizada pelo SINDJUFE-BA em defesa dos serviços e dos servidores públicos. Frente à pandemia da Covid-19, essa bandeira de luta ganha ainda mais importância. 

Já divulgamos o segundo vídeo da nossa campanha. Ajudem a divulgar. Compartilhem com todos os seus contatos.   

O SINDJUFE-BA aposta na luta e na organização dos trabalhadores. Somos parte da construção do Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público e batalhamos pela construção da unidade de todos que estão disposto a defender os serviços e os servidores públicos.

Temos que seguir unidos e organizados frente aos ataques deste governo reacionário e genocida. Este um momento de total unidade entre nós, quem prega a divisão e faz mera disputa por demarcação de posição política faz o jogo do inimigo. Vamos à luta! 

Fora Bolsonaro e Mourão! Em defesa dos serviços públicos! Nem um só direito a menos!

Imprensa SINDJUFE-BA