SINDJUFE-BA

A mobilização da categoria foi fundamental para que a Corte Especial Administrativa (CEA) do TRF1 não acompanhasse o voto do presidente Carlos Moreira Alves, e barrasse a realocação da 3ª e 5ª Vara Federal para o interior do estado. Reunida em Brasília, no dia de ontem (24/10), a CEA não aprovou este item presente no plano de reestruturação da Seção Judiciária da Bahia (SJBA).

“A categoria está de parabéns por essa importante vitória. Desde a apresentação da proposta, o Sindicato chamou a mobilização, a categoria se somou e implementamos um conjunto de atividades aprovadas nas assembleias setoriais”, ressalta Fernanda Rosa, servidora da Justiça Federal lotada no Juizado Especial e diretora do SINDJUFE-BA.

As mobilizações tiveram início no dia 5 de julho, após a divulgação da manifestação da SECGE, que indicava a realocação de até cinco varas de Salvador para o interior do Estado. Realizamos seis assembleias setoriais; reuniões; um “abraçasso” e uma vigília no prédio da Justiça Federal no dia 12 de setembro; três viagens a Brasília; viagem para a cidade de Alagoinhas no dia 19 de setembro, onde participamos de uma audiência pública na Câmara Municipal; participamos de uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no dia 16 de agosto, com forte da presença da categoria, que ocupou o auditório da Comissão de Direitos humanos e com faixas e de adesivos com os dizeres “NÃO SOMOS OBJETOS”; e entregamos uma carta aberta aos jurisdicionados.

“A categoria mostrou disposição para luta. Travamos importantes debates, o que permitiu que não caíssemos no discurso divisionista Capital versus o Interior. Somos cientes da sobrecarga de trabalho nas Subseções do interior, resultado de uma política governamental que impõe um teto de gastos - a Emenda Constitucional 95/2016 - que é um bruto ataque aos serviços públicos”, destaca Jailson Lage, servidor da JF e diretor do SINDJUFE-BA.

Interior

A nova gestão do SINDJUFE-BA – Democracia & Luta – vai iniciar um giro de visitas às Subseções do interior para debater as dificuldades de trabalho e apontar medidas e ações para solucioná-los.

“As condições de trabalho se deterioram a cada dia, seja no Interior ou na Capital. Precisamos lutar por melhores condições de trabalho e frisar sempre à cúpula do Judiciário que não somos objetos para sermos jogados de um lado para o outro. Exigimos respeito. Somos nós que carregamos o Judiciário nas costas” pontua Jailson Lage.   

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