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Notícia postada dia 09/07/2019

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ASSÉDIO MORAL em DEBATE, dessa vez na JF da capital

ASSÉDIO MORAL em DEBATE, dessa vez na JF da capital

A palestra itinerante sobre ASSÉDIO MORAL visitou o prédio sede da JFBA, com participação surpreendente dos trabalhadores

A palestrante foi a Professora Doutora Petilda Vazquez, especialista no assunto. A palestra prevista para durar 1h, passou de 2 horas, entre os informes iniciais, fala e respostas às perguntas. Após o evento diversos servidores solicitaram que o tema fosse trazido novamente porque, segundo eles "o tempo foi muito curto". Isso demonstra a instatisfação de servidores a cerca da sua rotina de trabalho, as metas sempre crescentes em contradição ao número de servidores, que sempre decresce. Além disso as condições de trabalho estão sendo precarizadas ano a ano, alcançando o paroxismo nesse ano de 2019 forçada pela EC97, com perspectiva de piora no quadro em 2020 com novo corte orçamentário com previsão de ser de 25%.

A professora Petilda inicou a fala mostrando que a história do trabalho é a "história de corpos sacrificados, em vários tipos e formas de violência", e que precisamos cotidianamente "decodificar as faces do assédio moral" e as suas manifestações, para identificá-las, e assim conseguir imunizar nossos corpos através da vigilância constante. Orientou aos presentes a não ter medo de reagir a essa violência e apontou que o estímulo à "resiliência" e "inteligência emocional" nada mais é do que um discurso recorrente no mundo do trabalho de que é preciso o "trabalho de excelência" onde o trabalhador precisa ser "multi-tarefa" e "perfeito", e não se importar com a contrapartida em condições de trabalho nem avanços remuneratórios e nem ao menos buscar ser ouvidos pelas chefias e adminstrações.

Na Justiça Federal da Bahia vemos uma mistura explosiva para a saúde dos trabalhadores: precarização das condições de trabalho, a redução no número de servidores, a extinção de postos de trabalho de terceirizados (gerando demissões de pais e mães de família), o congelamento salarial, reestruturações administrativas com retiradas de FCs, ameaças de supressão de rubricas salariais, e ainda se impor a busca por "selos de qualidade". Por último os trabalhadores da JFBA viram o estabelecimento pelo TRF1 da redução do expediente interno mantendo a jornada dos servidores os impondo a mudar completamente as suas rotinas, esgarçando ainda mais as relações no ambiente laboral.

A professora lembrou que o conceito de assédio moral tem se ampliado muito à medida que os estudos provam o comprometimento da saúde do trabalhador, seja ele vitma do assédio clássico (aquele que parte das chefias) ou assédio coletivo (em forma de exigências de metas, pedido de apoio à equipe em "se empenhar mais" mesmo sob condições adversas, maior fiscalização de horário e produtividade), ou mesmo do assédio "horizontal" entre colegas. Em todos os casos, a solidariedade entre os colegas é fundamental, pois o assédio causa doença e esta pode evoluir para muitas outras inclusive ideação suicida.

Os servidores fizeram várias perguntas e foram respondidos ao final. Todos e todas receberão certificado de participação.

 

Imprensa SINDJUFE-BA



 

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