Já não é surpresa que uma das primeiras questões a serem levantadas no governo do novo presidente Jair Messias Bolsonaro será a reforma da previdência. Esse assunto que vem e vai, agora toma corpo e de uma maneira muito pior do que se imaginava: privatizar a previdência pública copiando o modelo de aposentadoria do Chile.
Essa é uma das propostas econômicas presentes no programa de Bolsonaro e defendida por seu futuro ministro da economia Paulo Guedes.
A proposta se levada adiante afetará milhões de brasileiros pois, dependendo da escolha e grau de risco, podem perder em poucos dias o que se conquistou em vários anos.
O super ministro propõe reformular o atual modelo de Previdência Social aderindo ao “sistema de capitalização individual”, semelhante ao modelo chileno, como sistema das AFPs – Administradoras dos Fundos de Pensão. Hoje os recursos da previdência fazem parte do Programa de Assistência Social onde contribuem o empregado, o empregador e verbas do COFINS, CSLL, parte de taxas das loterias. A ideia é que o trabalhador contribua sozinho para uma espécie de poupança, administrada por um fundo de pensão, que será devolvida ao final de sua vida laboral. Mas a questão ainda é mais grave.
Esse dinheiro será aplicado em investimento no mercado financeiro, altamente arriscado.
Esse modelo foi implantado no Chile com a ditadura militar de Pinochet, e poucos anos após, os chilenos e chilenas sofrem com essa tragédia. Após o Chile se tornar campeão em suicídio de idodos, e por meio de intensas mobilizações sociais, o governo estuda o retorno ao sistema público.
O Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), publicou estudo mostrando que entre 2010 e 2015, 936 adultos maiores de 70 anos tiraram sua própria vida naquele País.
Imprensa SINDJUFE-BA