O candidato a vice presidência de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva, Hamilton Mourão (PRTB) defendeu novamente o fim da estabilidade no serviço público. O discurso foi feito na Associação Rural de Bagé, Rio Grande do Sul, no dia 26 de setembro. "Por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego? Ela não precisa mais se preocupar. Não é assim que as coisas se comportam. Tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público para o que é a atividade privada”.
Com essa fala, ele prova concordar com o projeto de ajustar a lei 8812/90, a nova realidade do direito do Trabalho praticada pela iniciativa privada após a Reforma Trabalhista, defendido por vários parlamentares.
Ainda no RS, Mourão fez duras críticas ao 13º salário e o adicional de férias. "Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12, como é que nós pagamos 13? É complicado, e o único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no Brasil", afirmou o general, segundo colunista do jornal Correio Braziliense.
As afirmações do candidato vão ao encontro do projeto do seu candidato a presidente que pretende criar a "Carreira Verde e Amarela, onde o trabalhador ao assinar, abre mão dos seus direitos ainda previstos na CLT.
Mourão, sem delongas, deixa claro qual o tom do seu governo se eleito for: reduzir ainda mais os dirieitos trabalhistas e seu ministro da Economia Paulo Guedes completa: "sem justiça do trabalho".
Diante dessas falas, segundo a coordenadora Denise Carneiro, não há o que titubear: "o Trabalhador que votar nesse candidato estará abrindo mão dos seus direitos, e o servidor público estará dizendo sim ao congelamento salarial - cuja PEC teve o voto do candidato do PSL-, ao desmonte do serviço público, ao fechamento do TRT, e ao fim da estabilidade de uma vez por todas".
Imprensa SINDJUFE-BA