Depoimentos provam que essa calamidade porque passa o eleitor baiano e os trabalhadores do órgão não foi culpa do eleitor por ter "deixado para última hora". Se esse contingente de pessoas estivesse vindo há 6 meses atrás encontraria estrutura ainda mais deficitária.
Uma análise real sobre as condições necessárias para atender 2 milhões de pessoas deveria ter previsto a possibilidade desse caos, e pensado um "plano B" antes que houvesse os tumultos registrados, os assaltos, enfartes e desmaios não registrados, o adoecimento de trabalhadores pela pressão, ritmo e volume do trabalho (sem falar que a propaganda ameaçadora está levando caos até às Cidades onde o procedimento não é obrigatório, levando também ali o povo e os trabalhadores ao calvário). O plano B poderia ser a prorrogação do prazo, em tempo hábil para não haver ainda mais prejuízo, e/ou mudança de tática, como realizar o procedimento por zonas etc. O sindicato pediu essa prorrogação, a OAB pediu, mas nada adiantou: a presidência segue, insensivelmente, o seu cronograma!
Quem vai pagar essa conta? Os eleitores que se submeteram a essa sucursal do Inferno e tiveram prejuízos financeiros, físicos, emocionais etc., ou os servidores com saúde e relações familiares comprometidas, ou os milhares de eleitores que terão negado o seu direito constitucional de votar?
O prejuízo advindo pelo cancelamento do título pode ser fácil de reverter, bastando comparecer ao órgão a qualquer tempo e pagar multa simbólica por não ter votado, e regularizar sua situação inclusive com a coleta de dados biométricos. Mas, e o prejuízo econômico, político, físico, emocional, psicológico etc.? Isso não se paga com masterdcard.
SINDJUFE-BA