Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra e a data é um convite à reflexão sobre o racismo e as suas consequências. O dia faz memória ao líder quilombola Zumbi dos Palmares que foi símbolo da resistência de negros e pardos brasileiros.
Neste ano, a morte do Zumbi dos Palmares completa 322 anos. A data faz refletir sobre os números alarmantes em que os negros ainda são vítimas. As dificuldades em que a população negra enfrenta no dia a dia nos remete a pensar que resolver a questão da desigualdade no país ainda não é algo prioritário. Os negros são maioria entre as vítimas de homicídios, de violência, de desemprego, de descaso no atendimento médico etc.
Segundo dados do IBGE, 63,7% dos desempregados no Brasil são negros ou pardos e o analfabetismo entre as mulheres negras ainda é o dobro se comparado com as mulheres brancas. Sem falar na questão do acesso ao curso superior, somente 12,8% dos negros brasileiros chegaram ao nível superior de ensino, em 2015.
Na questão da violência não é diferente. Segundo a Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras e os jovens negros lideram o ranking das principais vítimas e 58,8% das vítimas em caso de violência doméstica são negras.
Anos se passaram desde a morte do Zumbi de Palmares e ainda há muito que ser feito. Zumbi dos Palmares demostrou resistência, força e coragem na tentativa de mudar o contexto. E essa luta tem que continuar. Não podemos aceitar esses números frios como algo normal. Tod@s @s negr@s merecem respeito e o SINDJUFE-BA presta aqui a sua homenagem ao Dia da Consciência Negra afirmando que a luta não pode parar e resistir sempre será o melhor caminho.
Taiana Laiz
Imprensa SINDJUFE-BA