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Artigo postado dia 18/05/2022

Por: Jailson Lage

Artigo postado dia 18/05/2022

Por: Jailson Lage

Por que devemos fazer um forte dia de paralisação amanhã, dia 19?

Por que devemos fazer um forte dia de paralisação amanhã, dia 19?

Amanhã, dia 19 de maio, é dia nacional de luta e mobilização pelo reajuste emergencial de 19,99%. Aprovamos em nossa assembleia geral paralisar por 24 horas. Este artigo tem o objetivo de dialogar com as colegas e colegas de nossa categoria sobre a importância e a necessidade de realizarmos um forte dia de paralisação. Motivos para isso não faltam. 

Todas as vezes que vamos ao supermercado e à feira sentimos no bolso a escalada da inflação. Os preços dos alimentos estão nas alturas. A carestia corrói nossos salários e reduz nosso poder de compra. 

Nosso último reajuste salarial foi em janeiro de 2019, de lá pra cá a gasolina subiu 157,33% e a cesta básica aumentou, em média, 48%. O quilo da carne bovina subiu 75% e o café hoje está 88% mais caro.

A inflação oficial entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021 chegou a 19,99%. Este é o índice que o conjunto dos servidores públicos têm cobrado do governo. Não se trata de aumento salarial. A reposição servirá para amortecer o impacto das perdas com a inflação. Mas não corrige perdas anteriores, nem a inflação deste ano, que já passa de 4% e podendo passar dos 10% até o fim do ano. 

Só a reposição salarial emergencial já é motivo suficiente para paralisarmos, afinal estamos falando  de nossos salários, que estão a cada dia mais achatados. Essa política de arrocho salarial é parte da política de Bolsonaro de precarização e sucateamento dos serviços públicos. A suspensão de reajustes anuais é a 'granada no bolso do inimigo', disse o ministro da Economia, o neoliberal e entreguista Paulo Guedes. O mesmo que chamou os servidores públicos de parasitas.  

A necessidade de derrotar Bolsonaro e seu projeto golpista

Temos outros motivos para ir à luta. Somos governados por um presidente de ultradireita, que vem aumentando sua escalada golpista, inimigo declarado dos trabalhadores e dos setores oprimidos. Precisamos reagir a essa escalada golpista, com organização e autodefesa de nossa classe, com mobilização e ação direta. 

É criminosa a política das direções majoritárias do movimento sindical, estudantil e popular, incluindo a direção majoritária da Fenajufe, de boicotar a construção de uma greve geral, para defender os serviços públicos, nossos direitos e liberdades democráticas. Essas forças políticas, capitaneadas pelo PT e a CUT, apostam todas as fichas nas eleições de 2022. Enquanto isso, o bolsonarismo avança em sua organização, enquanto nossa classe segue confusa e desorganizada. 

Não estão dadas todas as condições para um golpe militar no Brasil, mas isso não quer dizer que Bolsonaro e o setor das forças armadas que o apoia, não tentem. As declarações do presidente genocida mostram que é essa é sua intenção. 

E o que fazem as direções do movimento? Seguem apostando nas instituições burguesas, as mesmas que Bolsonaro desmoraliza todos os dias. Seguem apostando nas eleições, a mesma que Bolsonaro quer melar. Seguem apostando em uma frente ampla com a burguesia, a mesma burguesia que elegeu Bolsonaro. 

Temos que apostar na nossa organização e mobilização, na construção de uma alternativa classista, independente, que aponte uma perspectiva real de mudança, na construção de uma outra sociedade, mais justa e igualitária. 

Cada mobilização que fazemos, incluindo a paralisação que vamos realizar amanhã em defesa do reajuste salarial emergencial, deve ser um ponto de apoio e fortalecimento da luta contra este governo genocida e seu projeto ditatorial. 

Amanhã, nossa paralisação será sim por reajuste salarial, pois não podemos aceitar o arrocho dos nossos salários. Mas será também um dia de luta pela construção de uma greve geral, que se torna mais necessária a cada dia que passa. Por isso, cobramos da CUT e da ala majoritária da Fenajufe que assumam seu papel e organizem a greve geral. Chega de imobilismo. O imobilismo favorece Bolsonaro e seus aliados, que avançam os ataques contra nós. Como diz a canção, “camarão que dorme, a onda leva”. 

À nossa categoria, reforçamos o chamado a somar e construir a paralisação de amanhã junto com o Sindjufe-BA. Nossa gestão ‘Democracia & Luta’ aposta em nossa organização, em nossa força e em nossa independência. 

Vamos à luta pelo reajuste emergencial de 19,99% e em defesa das liberdades democráticas. Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes! Golpistas não passarão!



 

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